Um rótulo é a coisa mais prática que já inventaram para descrever uma coisa, através de um rótulo sabemos exatamente o que estamos comprando. Será mesmo? Ou você nunca passou mal com um remédio que pensou fazer bem? Ou comeu algo que não era tão bom quanto era descrito no rótulo?
Se com coisas os rótulos as vezes nos atrapalham, imagina colocar esses rótulos em pessoas?
Apesar de parecer totalmente estranha a idéia de rotular as pessoas para alguns, é o que fazemos frequentemente quando indentificamos as pessoas como as "boazinhas", ou a ovelha negra da família ou ainda o "bixinha".
É tão mais fácil limitar uma pessoa a seu rótulo, pense bem, quantas vezes você não estranhou a atitude de alguma pessoa por que não era comum a ela. Aquele amigo que sempre te ajudou e derrepente nega ajuda, como pode? Ele sempre esteve disponível para me ajudar, como ele ousa me negar ajudar? Pois é, assim pensamos, assim fazemos.
Não nos relacionamos com pessoas e sim com a imagem que temos das pessoas, construimos individualmente o que achamos de uma determinada pessoa e queremos que ela sempre mantenha esse padrão de atitude. Tudo isso por que temos dificuldes de lidar com as mudanças e as diferenças, mas as pessoas mudam. Como disse Raul Seixas, somo todos metamorfóses ambulantes. Essa maneira de agir e pensar nos condiciona também a sempre esperar atitudes ruins daqueles que rotulamos como pessoas ruins, só que as pessoas são muito mais complexas do que isso. Limitar uma pessoa a seu rótulo é como dizer que uma lagarta deve permanecer lagarta para sempre e nunca pode se tornar uma borboleta, ou ainda que uma semente nunca poderá se tornar uma árvore e dar frutos, deverá ser sempre uma semente. Até por que uma semente deixar de ser semente implicaria em eu ter que mudar toda a minha concepção sobre o que é uma semente, qual a sua utilidade, o que é uma ávore, um fruto e etc.Nossa mente acomodada gera rótulos para as pessoas para que seja mais fácil lidar com elas.
E quando uma pessoa não corresponde ao rótulo ficamos decepcionados, assim como quando bebemos uma coca-cola sem gás e pensamos, nossa essa não é a coca-cola que eu conheço e logo comentamos sobre "a tal" coca-cola da garrafa de vidro. Não fazemos o mesmo com as pessoas? "Fulano fez isso? Há mas quando eu o conheci ele não era assim..." Não estamos falando das pessoas e sim dos rótulos que impomos a elas. De mesma forma procuramos nossos rótulos para agir de acordo com o que esperam de nós, para não decepcionarmos as pessoas. Isso no fundo revela quão grande é nossa crise de identidade.Rótulos na verdade são tão prejudiciais quanto nossos julgamentos
Ou será que aceitariamos tão bem assim a mudança de vida de um travesti? Afinal ele tem um rótulo de travesti, descarado e imoral. Seria justo dizer que uma pessoa não pode escolher mudar de vida? Que ele(a) deverá ser sempre assim?Cristo morreu por nós para que tivessemos direito a escolhas para a mudança de VIDA, não simplesmente para a mudança de RÓTULOS.
Erick Nascimento
É realmente engraçado como a questão de pagar pelo serviço nos faz querer direitos , muitas vezes, absurdos. Como na prostituição por exemplo, que direitos teria alguém que paga pelo sexo?
Nós, como seres humanos, encaramos a vida simplismente como termos inumeros direitos e alguns deveres. Por isso quase sempre temos conflitos, todos nós gostamos que nossos direitos sejam levados a sério, mas como é dificil encarar nossos deveres como direito do outro.
Esse dias estavamos conversando sobre alguns assuntos relacionados a igreja (instituição) e estavamos avaliando como se comportam muitos ministérios e muitos líderes pelo mundo. Quando se precisa de ajuda em uma determinada área devemos, é claro, reconhecer que precisamos de ajuda e pedi-la, se necessário for até mesmo pagar por ela. Isso é investimento. Desde que o nosso intuíto seja o esclarecimento e o conhecimento para que possamos atuar naquele determinado campo, estamos corretissimos, mas se o nosso intuito passa a ser somente tapar um buraco momentâneo para que nossa consciencia seja acalmada temos um problema.
E essa é a linha tenua que podemos traçar entre o investimento no conhecimento e a prostituição do conhecimento.
Quando um(a) profissional do sexo é contrado(a) em um determinado serviço temos a realação, ainda que inplícita, de contratante e contratado. Mas nesse caso o contratante deseja somente o contrato temporário, aonde não haverá envolvimento, somente o cumprimento do papel de ambas as partes numa relação puramente superficial. Alguém que contrata um(a) profissional do sexo é motivado pelo desejo de saciar algo momentâneo e não de se aprofundar numa realação pessoal com ele(a).
De mesma forma nós, e então eu digo como igreja, temos "usado" a outros no reino somente para saciar nosso ego e acalmar nossa consciência. Se eu peço que alguém venha até minha comunidade para treinar-nos ou ainda para palestrar para nós sobre algum assunto, como por exemplo a sexualidade, é por que sou motivado pelo desejo de auxliar a instituição propriamente dita e a comunidade na qual estou inserido.
Caso contrário estou sendo tão superficial como alguém que contrata um(a) profissional para saciar o desejo sexual ao invés de investir numa realação duradoura com uma pessoa.
E por citar realaçõs duradouras, comumente vemos essa mesma atitude inplícita em muitas relações conjugais. Homens que não procuram alguém para amar e sim uma parceira dotada de um corpo fenomenal e que vá satisfazer seus desejos sexuais mais intensos. Mulheres que não procuram homens para amar e sim um parceiro, talvez não tão belo, mas que possa dar toda a condição finaceira que ele sempre sonhou desde menina. E quando os dois se encontram na vida então temos o casal patológico perfeito, prontos para um divórcio instantâneo em algum tempo bem breve.
Pense agora comigo, limitar uma pessoa cheia de sonhos e desejos, não somente sexuais como também profissionais, a um objeto com um fim específico não seria uma covardia moral?Bob Marley disse: Se as coisas foram feitas para usar e as pessoas para amar, por que amamos as coisas e usamos as pessoas?
Não seria uma coisa a se refletir? As pessoas tanto criticam o mercado do sexo, e eu particularmente não o apoio em nenhum âmbito, mas acabam agindo como todos os que estão envolvidos nele. Fazendo dos outros "prostitutos" e "prostitutas" e no meio na confusão se vendem por muito menos que dinheiro.
Erick Nascimento (LIBERTOXXX)
Alguns pensam que Jesus pegou muito pesado com os casados quando declarou que “qualquer que olhar para uma mulher desejando-a, já cometeu adultério” (Mt5:28). Eu não concordo.
O grande problema é que Jesus sabia do perigo do fenômeno chamado “amante Frankenstein”. Vou tentar explicar melhor.
Não tem como um relacionamento estar “nas oitavas maravilhas” o tempo todo e é quando o nosso relacionamento está em baixa que o perigo do fenômeno aparece.
Vamos usar o exemplo de um homem que está passando por uma fase mais difícil no casamento: depois de um dia estressado ele sai para dar uma volta e percebe uma menina que ao passar troca um olhar e um sorriso provocante com ele, ele registra esse momento em seu coração, pois está frágil e acredita que não tem nada demais, afinal,foi apenas um sorrisinho.
No outro dia, a secretária do seu chefe veio com um vestidinho muito provocante, e ela para pra perguntar algo que ele já nem se lembra , pois não conseguiu tirar os olhos do vestido.Ele registra o vestido em sua mente, que por sinal era muito bonito mesmo.
O problema é que três dias depois, ao abrir a sua caixa de e-mail, viu que recebeu um Spam com a propaganda da Playboy daquele mês, ele nem clicou na foto, pois sabe que pode ser vírus, mas ficou encantado com os seios maravilhosos daquela atriz. E assim foi, dia após dia, com pequenas olhadas e inocentes registros montando uma mulher “perfeita” em sua mente. O que ele não sabe, ou não quer saber, é que esta mulher vai ganhar vida e se chamará mulher Frankensein.
Quem nunca ouviu, pelo menos de forma rápida, a história do monstro Frankenstein, a história de um cientista chamado Victor que, insatisfeito com sua vida, constrói uma criatura com partes humanas e dá vida a ela. A criatura que foi denominada com o sobrenome do seu criador, Frankenstein, com o tempo percebe que era diferente de todos os homens e não tinha uma parceira à altura. O monstro exige que seu criador, Victor, crie uma companheira para ele, e quando Victor se recusa a fazer tal coisa o monstro o ameaça e o persegue até matá-lo.
É isso que acontece quando o amante ou a amante Frankenstein ganha vida, a pessoa que está do teu lado, às vezes durante anos, e que tem feito de tudo por você, não tem mais valor. Não é como a mulher perfeita de nossas mentes a mulher Frankenstein. E esse monstro que agora ganhou vida te perturba e se mistura com você, cobra para si um par perfeito.
É quando você tenta fugir e é tarde demais. O monstro vai atrás de você até matar seu casamento com uma outra mulher qualquer, que não chegava aos pés da sua, mas que você, na escuridão de sua mente, a incorporou a sua amante chamada Frankenstein.
Sei que este artigo acabou em uma tragédia, assim como a história de Frankenstein também. Por isso é que Jesus já avisa que o adultério está no coração e que tudo começa com um simples olhar.
Marcos Botelho
Texto retirado do Site SEXXXCHURCH.COM
http://sexxxchurch.com/?p=329
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