É realmente engraçado como a questão de pagar pelo serviço nos faz querer direitos , muitas vezes, absurdos. Como na prostituição por exemplo, que direitos teria alguém que paga pelo sexo?
Nós, como seres humanos, encaramos a vida simplismente como termos inumeros direitos e alguns deveres. Por isso quase sempre temos conflitos, todos nós gostamos que nossos direitos sejam levados a sério, mas como é dificil encarar nossos deveres como direito do outro.
Esse dias estavamos conversando sobre alguns assuntos relacionados a igreja (instituição) e estavamos avaliando como se comportam muitos ministérios e muitos líderes pelo mundo. Quando se precisa de ajuda em uma determinada área devemos, é claro, reconhecer que precisamos de ajuda e pedi-la, se necessário for até mesmo pagar por ela. Isso é investimento. Desde que o nosso intuíto seja o esclarecimento e o conhecimento para que possamos atuar naquele determinado campo, estamos corretissimos, mas se o nosso intuito passa a ser somente tapar um buraco momentâneo para que nossa consciencia seja acalmada temos um problema.
E essa é a linha tenua que podemos traçar entre o investimento no conhecimento e a prostituição do conhecimento.
Quando um(a) profissional do sexo é contrado(a) em um determinado serviço temos a realação, ainda que inplícita, de contratante e contratado. Mas nesse caso o contratante deseja somente o contrato temporário, aonde não haverá envolvimento, somente o cumprimento do papel de ambas as partes numa relação puramente superficial. Alguém que contrata um(a) profissional do sexo é motivado pelo desejo de saciar algo momentâneo e não de se aprofundar numa realação pessoal com ele(a).
De mesma forma nós, e então eu digo como igreja, temos "usado" a outros no reino somente para saciar nosso ego e acalmar nossa consciência. Se eu peço que alguém venha até minha comunidade para treinar-nos ou ainda para palestrar para nós sobre algum assunto, como por exemplo a sexualidade, é por que sou motivado pelo desejo de auxliar a instituição propriamente dita e a comunidade na qual estou inserido.
Caso contrário estou sendo tão superficial como alguém que contrata um(a) profissional para saciar o desejo sexual ao invés de investir numa realação duradoura com uma pessoa.
E por citar realaçõs duradouras, comumente vemos essa mesma atitude inplícita em muitas relações conjugais. Homens que não procuram alguém para amar e sim uma parceira dotada de um corpo fenomenal e que vá satisfazer seus desejos sexuais mais intensos. Mulheres que não procuram homens para amar e sim um parceiro, talvez não tão belo, mas que possa dar toda a condição finaceira que ele sempre sonhou desde menina. E quando os dois se encontram na vida então temos o casal patológico perfeito, prontos para um divórcio instantâneo em algum tempo bem breve.
Pense agora comigo, limitar uma pessoa cheia de sonhos e desejos, não somente sexuais como também profissionais, a um objeto com um fim específico não seria uma covardia moral?Bob Marley disse: Se as coisas foram feitas para usar e as pessoas para amar, por que amamos as coisas e usamos as pessoas?
Não seria uma coisa a se refletir? As pessoas tanto criticam o mercado do sexo, e eu particularmente não o apoio em nenhum âmbito, mas acabam agindo como todos os que estão envolvidos nele. Fazendo dos outros "prostitutos" e "prostitutas" e no meio na confusão se vendem por muito menos que dinheiro.
Erick Nascimento (LIBERTOXXX)
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